TUDO VIRA BOSTA.
Moacyr Franco.
A buchada e o cabrito
O cinzento e o colorido
A ditadura e o oprimido
Prometido e não cumprido
E o programa do partido
Tudo vira bosta
O vinho branco, a cachaça, o chopp escuro
O herói e o dedo-duro
O grafite lá no muro
Seu cartão e seu seguro
Quem cobrou ou pagou juro
Meu passado e meu futuro
Tudo vira bosta
Um dia depois não me vire as costas
Salvemos nós dois, tudo vira bosta
Filé “minhão”, “champinhão”
Don “perrinhão”, salsichão, arroz, feijão
Muçulmano e cristão
A mercedez e o fuscão
A patroa do patrão
Meu salário e meu tesão
Tudo vira bosta
O pão-de-ló, brevidade da vovó
O foundue, o mocotó
Pavarotti e xororó
Minha eguinha pocotó
Ninguém vai escapar do pó
Sua boca e seu loló
Tudo vira bosta
Um dia depois não me vire as costas
Salvemos nós dois, tudo vira bosta
A rabada, o tutu, o frango assado
O jiló e o quiabo
A prostituta e o deputado
A virtude e o pecado
Esse governo e o passado
Vai você que eu tô cansado
Tudo vira bosta
Um dia depois não me vire as costas
Salvemos nós dois, tudo vira bosta
2 comentários:
Vou adotar o fundo musical também. Posso?
É perfeito!
Bjs,
Você já pensou?
Carro quebrado,
Filho emburrado,
Conta estourada,
Etc, etc...
Tudo vira bosta.
Amanhã será só mais uma história pra contar.
É o toque invertido de Midas.
Podemos chamar de toque de Merdas.
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