quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Inveja.

Chega de inveja!

Já que ninguém faz um depoimento pra mim no Orkut, fá-lo-ei eu mesmo...





Nota do editor: Esse depoimento é (ou não) uma obra de ficção. As pessoas reais ou imaginárias citadas nesse documento são uma só. Homenageado e homenageante citados aqui como CÉSAR, EU, MIM OU NÓS, autorizaram essa publicação. Qualquer semelhança com fatos e pessoas reais deve-se a uma estranha coincidência, previsível homonimidade ou péssima literatura.

César. O que dizer do César? – (Depoimento no Orkut que se preza começa assim).
Se não fosse por mim, hoje eu não estaria aqui fazendo esse depoimento. Eu sempre estive ao meu lado. Mesmo contrariado, jamais me abandonei. Nos momentos mais significativos de toda minha vida eu estava presente: Sofri comigo, alegrei-me comigo, sonhei comigo e desiludi-me comigo.
São tantos anos, possivelmente encarnações, que caminhamos juntos, mim e eu, que não consigo imaginar um dia a gente se separar. Creia amigo, no dia que formos dessa para melhor, batermos as botas, abotoarmos o paletó de madeira, irei contigo sem discutir ou talvez, só um pouquinho.
Sei que meu carinho e compreensão por mim são incondicionais, às vezes penso que mim e eu somos até mais do que uma única pessoa. Eu perdôo quase tudo que eu me faço e eu, por minha vez, me compreendo e me consolo até nas minhas fraquezas mais sórdidas.
Mim e eu não temos segredos entre nós, nossa vida é um livro aberto e mal escrito, mas nós adoramos reler-me.
Não posso esquecer dos amigos que eu me apresentei. Quase todos gostam tanto de mim quanto de nós. Pensam que somos inseparáveis. É porque não conhecem nossas rusgas secretas. Tem dias que tenho vontade de me estrangular, de ir embora e nunca mais olhar na minha cara, mas nossa unidade é maior e eu perdôo a mim como se o erro fosse meu.
Naqueles dias em que estou pra baixo, depressivo, eu venho em meu socorro e não adianta nada. Quando, porém, eu estou alegre, expansivo, divertido, acabo pondo mais lenha na fogueira e, muitas vezes, passo do limite, o que causa em mim, que sou mais tímido do que eu, certo constrangimento. Que eu me perdoe, não faço para envergonhar-me.
Enfim, querido César, escrevo aqui esse humilde depoimento para dizer muito pouco sobre a enorme importância que eu tenho pra mim. Saiba que meu apreço por mim é tão grande que nem que mil anos se passem, nem que os deuses desçam do Olimpo, nem que o efeito estufa nos torre, jamais me deixarei sozinho.
Conte sempre comigo.
Me amo.
Meu amigo, Eu.

3 comentários:

CESAR CURY disse...

Adorei o texto!
Gostaria que tivesse sido escrito pra mim.



Há,há,há,há!

Unknown disse...

Eita depoimento sincero,hein?

Beijão,

CESAR CURY disse...

Estou ficando auto-suficiente demais. Depois de cortar os próprios cabelos, escrever depoimento sobre mim mesmo, o que virá?
Acho que minha amiga lá do e-mail que gerou a entrevista com o Freud tem certa razão: Pra maluco, só faltam as penas.
Bjs.